Pedreiro Puffinus lherminieri boydi
Com um comportamento mais social, o Pedreiro é avistado com frequência perto das embarcações, sozinho ou em bandos que se associam com outras espécies de aves marinhas. A sua cor preta e branca, asas ligeiramente arredondadas, face clara e de hábitos diurnos, tornam-no facilmente reconhecível em comparação com outras espécies de aves marinhas presentes em Cabo Verde.


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Estatuto de conservação
Pouco Preocupante
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Habitat
Marinho
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Distribuição
Ilhas de Santo Antão, São Nicolau, Fogo, Santiago e Boavista e ilhéus de Cima, Curral Velho, Branco e Raso.
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Tamanho
Comprimento 25-30 cm; Envergadura 58-67 cm
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Peso
130-210 g
Com uma taxonomia ainda pouco definida e aguardando o suporte de genética molecular e estudos comportamentais, crê-se que existam aproximadamente 10 subespécies de Pedreiro distribuídas um pouco por todos os oceanos tropicais do mundo. Em Cabo Verde, como subespécie nidificante P. lherminieri boydi, a população foi estimada em cerca de 5000 pares, crendo-se que o seu período reprodutor se estenda de Outubro a Maio (com início da incubação do ovo no final de Janeiro). Tal como as outras aves marinhas, ambos os progenitores incubam o ovo que eclode no final de Março, e cuidam da cria até ela abandonar o ninho em meados de Maio. Alimenta-se principalmente de pequenos peixes, lulas e crustáceos, e os seus chamamentos assemelham-se a gargalhadas agudas que ecoam nas suas colónias. A população está em declínio principalmente devido ao impacto de espécies predadoras introduzidas e possivelmente à captura acidental pela indústria pesqueira. A poluição luminosa também leva a que muitos adultos, mas especialmente juvenis, se confundam e colidam com edifícios e outras estruturas quando tentam o seu primeiro voo rumo ao mar.
Curiosidade: Desconhece-se exactamente a longevidade desta espécie, mas se for aproximada à de uma sua semelhante, a Pardela-do-Atlântico (Puffinus puffinus), pode chegar aos 50 anos.
O trabalho da Biosfera
Em parceria com a Universidade de Coimbra (MARE-UC), os trabalhos nesta espécie têm-se debruçado em avaliar o tamanho populacional existente no Raso, conhecer melhor a biologia reprodutora, ecologia alimentar, distribuição no mar com a ajuda de GPS e identificação das ameaças mais importantes. Estes trabalhos são levados a cabo no ilhéu Raso desde 2013.