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Osga-de-muros do Raso Tarentola raziana

Osga pequena com um padrão dorsal de normalmente três bandas escuras em forma de borboleta ou cruz e com uma íris dourado escuro. Distingue-se da Osga gigante por ser bem mais pequena.

  • Estatuto de conservação
    Estatuto de conservação

    Quase Ameaçada

  • Habitat
    Habitat

    Rochoso

  • Distribuição
    Distribuição

    Ilha de Santa Luzia e ilhéus Branco e Raso

  • Tamanho
    Tamanho

    -

  • Peso
    Peso

    -

Endemismo
Endémica das Desertas de Cabo Verde.

Morfologia
É uma osga pequena com menos de 60mm de comprimento, com lamelas inteiras nos dedos e duas unhas em cada pata no terceiro e quarto dedo.

Comportamento e Alimentação
Existem ainda muitas lacunas por preencher acerca da ecologia desta espécie. Do pouco que se sabe descrevem-na como um animal de hábitos nocturnos, amplamente distribuída por áreas rochosas com pouca ou quase nenhuma vegetação. Move-se em exclusivo em zonas abaixo dos 300 m de altitude, evitando locais arenosos como praias e dunas. É omnívora, não sendo, portanto, esquisita com a sua dieta.

Reprodução
Pouco se sabe sobre a sua reprodução ainda, no entanto pensa-se que seja ovípara, ou seja coloca um ovo que eclode fora do corpo da mãe.

Ameaças
Por estar confinada às Desertas, com uma área reduzida, a sua maior ameaça são os mamíferos introduzidos em Santa Luzia (gatos e ratos), que até à data ainda não chegaram aos ilhéus Branco e Raso. Apesar da Osga-de-muros do Raso ser ainda relativamente abundante em Santa Luzia, a pressão humana e dos seus predadores não nativos em conjugação com períodos de seca extrema, representam uma ameaça considerável para a sua conservação a longo prazo. Mais estudos são necessários, em especial no que toca a estimativas populacionais na sua área de distribuição para melhor proteger esta espécie.

O trabalho da Biosfera

A Biosfera tem promovido e apoiado logisticamente todos os trabalhos científicos e de conservação direccionados às espécies de répteis das Desertas, para saber mais acerca das mesmas e sobre a melhor forma de as proteger. Neste sentido as colaborações previamente estabelecidas entre a Biosfera e as Universidades portuguesas (CIBIO-inBIO) e cabo verdianas (UniCV), são um elo essencial para fomentar a troca de alunos e promover o seu interesse em trabalhar com estas espécies. As acções de controle de predadores introduzidos na ilha de Santa Luzia para protecção da sua biodiversidade, embora não detalhadamente estudados, seguramente que têm tido um impacto muito positivo em todas as populações de répteis presentes em Santa Luzia, incluíndo para a Osga-de-muros do Raso, pelo facto de serem uma parte substancial da dieta destes mamíferos. Um seguimento mais aprofundado deste impacto encontra-se de momento em falta para esta ilha.