Tartaruga-verde Chelonia mydas
Sendo uma espécie cosmopolita de águas tropicais e subtropicais, a tartaruga-verde, tal como a tartaruga-comum, é uma espécie migradora que explora zonas costeiras de baixa profundidade que vão desde o Oceano Pacífico, Atlântico, Mar Mediterrânico a norte do Oceano Índico.
-
Estatuto de conservação
Em Perigo
-
Habitat
Marinho
-
Distribuição
Todas as ilhas
-
Tamanho
Comprimento 1,20 m
-
Peso
175 kg
Endemismo
Não. Ocorre em várias outras regiões do mundo.
Alimentação
Quando pequenas, as tartarugas-verdes começam por ser omnívoras (comendo um pouco de tudo), mas à medida que crescem, mudam gradualmente a sua dieta para quase exclusivamente herbívora, alimentando-se de uma grande variedade de algas verdes e vermelhas, ervas marinhas e pequenos invertebrados marinhos.
Ciclo de vida e Maturidade Sexual
Passam a maior parte da sua vida no mar, à exceção das fêmeas que regressam à praia onde nasceram para nidificar. Atingem a maturidade sexual, geralmente entre os 27-50 anos.
Reprodução
Cada fêmea pode fazer entre 1 a 9 posturas por época de reprodução, cada uma com cerca de 140 ovos. Como em todas as espécies de tartaruga marinha, a temperatura de incubação dos ovos, determina o sexo das crias. Para esta espécie, temperaturas mais baixas (<28.5ºC) dão origem a uma maior proporção de machos, enquanto mais elevadas (>30.3ºC) dão origem a mais fêmeas. A incubação varia entre 45-75 dias e mal eclodem as crias dirigem-se imediatamente para o mar, onde durante uma grande proporção da sua vida juvenil, passam-no à deriva nas correntes oceânicas.
Ameaças
As maiores ameaças para a tartaruga-verde é o bycatch das atividades pesqueiras que matam milhares de adultos e juvenis todos os anos. A captura intencional de adultos e ovos nas áreas de nidificação são também um problema, uma atividade que continua a ser legal em alguns países apesar da categoria de ameaça para esta espécie. A poluição e emaranhamento por artes de pesca e lixo costeiro, continua a matar e a mutilar muitos indivíduos desta espécie. A perda de habitat de reprodução devido ao desenvolvimento urbano e a poluição luminosa que perturba de forma grave o comportamento de nidificação da tartaruga-verde, também têm contribuído para o declínio das suas populações de uma forma global.
Curiosidades
Estima-se que esta espécie possa viver 75 anos. Não existem registos para longevidade em cativeiro, uma vez que não se adapta bem a espaços fechados.
O trabalho da Biosfera
Embora não sendo a espécie focal de trabalho da Biosfera, uma vez que esta não nidifica com frequência no nosso país, a Biosfera tem trabalhado no sentido de recolher mais informação acerca da sua ecologia e populações em Cabo Verde. É também comum a captura acidental de indivíduos pela pesca artesanal, que muitas vezes resulta em perda de membros por emaranhamento, sendo posteriormente encaminhadas para locais de recuperação pela Biosfera.