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Tubarão Doninha do Atlântico Paragaleus pectoralis

O género Paragaleus compreende quatro espécies das quais apenas o tubarão doninha do Atlântico, Paragaleus pectoralis ocorre ao largo da costa da África Ocidental, entretanto pouco se sabe a cerca da biologia geral.

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  • Estatuto de conservação

    Estatuto de conservação

    (EN) desde (2021)


  • Habitat

    Habitat

    Marinho costeiro


  • Distribuição

    Distribuição

    Costa Ocidental da Africana


  • Tamanho

    Tamanho

    138 cm máximo


  • Peso

    Peso

    Recém-nascido 200-400g; Adulto 11,5kg

Endemismo
Apesar de Cabo Verde ser a segunda mais importante região de reprodução da tartaruga-comum a Norte do Atlântico, ela não é endémica de Cabo Verde, ocorrendo em muitas regiões do mundo. No entanto a população que ocorre em Cabo Verde nidifica apenas aqui.

 Alimentação
Esta espécie possui uma dieta variada, podendo alimentar-se de peixes, lulas e outros invertebrados.

 Ciclo de vida e Maturidade Sexual
Estes animais passam a sua vida no mar, à exceção das fêmeas que voltam à praia para nidificar após atingirem a maturidade sexual. Estudos apontam que somente indivíduos com mais de 80 cm de carapaça estejam aptos a se reproduzir, o que dependendo das condições ambientais pode demorar entre 10 a 30 anos a atingir.

 Reprodução
Uma fêmea nidifica entre 12 a 17 dias, ou 2 a 5 vezes durante a época de reprodução e de cada vez que vem a terra fica vulnerável à desidratação e aos predadores. Por esta razão, as posturas são feitas quase exclusivamente durante a noite. Cada ninho contém em média 80 ovos que demoram entre 45 a 80 dias a eclodir. As fêmeas apenas voltam a reproduzir-se a cada 2-4 anos, mas podendo levar mais do que 9 anos.

 Ameaças
Globalmente a espécie tem como categoria de ameaça “Vulnerável”, embora a nível nacional a Caretta caretta esteja na realidade em “Em Perigo”. As ameaças à sua conservação são diversas, sendo que as principais incluem a captura acidental em artes de pesca artesanal e industrial, perda de habitat de nidificação devido ao desenvolvimento costeiro, captura direta para consumo humano ou para utilização em produtos de artesanato, a poluição marinha (e especial plásticos) que mata ou mutila adultos e crias através da ingestão ou emaranhamento e a poluição luminosa por luzes artificiais que provocam a desorientação e a morte de adultos e crias em terra.

 Curiosidades
As tartarugas-comuns são especialmente conhecidas pelos seus hábitos migratórios, com alguns indivíduos a fazerem mais de 4828 km.

Endemismo
Sendo a única espécie do género Paragaleus a ser registada na Costa Ocidental da África, é considerada uma espécie endémica da África Ocidental, ocorrendo no Norte de Marrocos até norte da Namíbia incluindo as ilhas Canárias, Cabo Verde e outras ilhas da costa Ocidental Africana.

Morfologia
Possui olhos grandes, focinho moderadamente longo, corpo esbelto, coloração cinza-claro e bronze com listras longitudinais amarelas e parte ventral branca.

Comportamento e Alimentação
Encontrado em águas costeiras ao redor da plataforma continental (≈12m até abaixo dos 100m). A maioria dos tubarões doninha são considerados inofensivos para os seres humanos, pois não há nenhum reporte documentado de ataques ao ser humano. É um predador ativo, podendo alimentar-se de peixes bentónicos, peixes pelágicos e crustáceos.

Reprodução
É um elasmobrânquio vivíparo placentário (embrião desenvolve dentro do corpo da mãe), com época de acasalamento de Março a Maio, com período de gestação de 12 meses e produzindo ninhadas de 1 a 4 crias que nascem de Maio a Junho.
Ameaças
Por exibir taxas de crescimento lentas e maturidade tardia em sua vida útil, torna-se vulnerável à pressão da pesca. Em todo o Arquipélago de Cabo Verde, é amplamente consumido como carne seca de tubarão (cação). As barbatanas não são consideradas valiosas devido à sua pequena dimensão, mas ainda são comercializadas internacionalmente. É por vezes transformada em farinha de peixe. É também capturado como captura acessória na pesca artesanal com múltiplas artes de pesca, incluindo rede de arrasto demersal, arte de linha, rede de emalhar, redes fixas e é retida para o consumo humano. Também é provavelmente capturado na pesca industrial com redes de arrasto nas zonas costeiras.

O trabalho da Biosfera

Como um dos alvos do projeto de pesquisa e conservação dos tubarões e raias de Cabo Verde, a Biosfera tem-se focado em descobrir mais sobre esta espécie, principalmente sobre a sua população ao redor da Reserva Marinha de Santa Luzia e ilhas adjacentes, bem como a sua biologia geral.

Juntamente com parceiros nacionais e internacionais tem-se descoberto areas de importância global de conservação desta espécie, e atualmente usamos métodos de marcação passiva e acústica bem como o uso de camaras subaquáticas (BRUV) para obter informações sobre a sua distribuição, estado da população e taxa de mortalidade nas zonas chave.

Com estes métodos conseguiu-se marcar externamente, cerca de 71 indivíduos de tubarão doninha em áreas especificas entre Santa Luzia e São Vicente e também já foram observados indivíduos desta espécie em diferentes locais, usando o método de BRUV, locais estes que são de difícil acesso para o uso de ouras técnicas. Além de marcas e observações, recolhemos dados biológicos que poderão colocar um ponto final na falta de informação sobre esta espécie, bem como obter uma nova classificação da sua população.

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