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Lagartixa de Stanger Chioninia stangeri

A Lagartixa de Stanger é facilmente distinguível das restantes espécies de répteis das Ilhas Desertas pelo seu padrão dorsal com duas listas claras laterais em fundo castanho e malhas escuras com pintas brancas.

  • Estatuto de conservação
    Estatuto de conservação

    Quase Ameaçada

  • Habitat
    Habitat

    Zonas arenosas e rochosas

  • Distribuição
    Distribuição

    Ilha de Santa Luzia, São Vicente e ilhéus Branco e Raso

  • Tamanho
    Tamanho

    -

  • Peso
    Peso

    -

Endemismo
Endémica de algumas ilhas em Cabo Verde. Para além das Desertas (Santa Luzia, Branco e Raso), ocorre também na ilha de São Vicente.

Morfologia
Tem um tamanho médio com duas listas dorsais claras que se estendem paralelamente ao longo das laterais do corpo, a barriga branca e as costas variando entre o cinzento acastanhado e algumas zonas pretas com escamas brancas.

Comportamento e Alimentação
Encontra-se maioritariamente em zonas abaixo dos 250 metros. É uma espécie diurna que se distribui por zonas arbustivas e rochosas, apesar de preferir áreas arenosas e com vegetação dunar. É omnívora, sendo os invertebrados uma parte substancial da sua dieta.

Reprodução
Tal como outras espécies de répteis das Desertas, muito se desconhece acerca da sua ecologia, como por exemplo se é ovípara (se põe ovos), ovovivípara ou mesmo vivípara (dá à luz crias vivas).

Ameaças
Predadores introduzidos, especialmente ratos, são uma ameaça para a Lagartixa de Stanger, uma vez que são uma parte substancial da dieta dos mesmos e estão vulneráveis a fenómenos de seca extrema, potenciados pelas alterações climáticas. Na ilha de São Vicente esta espécie é particularmente predada por gatos domésticos e assilvestrados e a recente introdução de uma espécie exótica de lagarto (Agama agama) é muito potencialmente uma nova ameaça para a Lagartixa de Stanger, uma vez que é sabido alimentarem-se de lagartos endémicos. A estimativa (conservadora) populacional feita para esta espécie aponta para a existência de pelo menos 1000 efetivos.

Curiosidade
Geneticamente a população de Lagartixa de Stanger das Desertas é distinta da existente em São Vicente. Com duas unidades evolutivas diferentes, futuras medidas de gestão deverão ter em consideração este aspeto para uma melhor conservação e preservação da diversidade genética da espécie.

O trabalho da Biosfera

A Biosfera tem promovido e apoiado logisticamente todos os trabalhos científicos e de conservação direcionados às espécies de répteis das Desertas, para saber mais acerca das mesmas e sobre a melhor forma de as proteger. De momento não existe nenhum trabalho a decorrer especificamente direcionado à Lagartixa de Stanger.